Giro Financeiro – DC: FIDCs, uma boa opção

  • 16/07/2018
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Os discretos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios, os FIDCs, são fundos de renda fixa onde boa parte dos ativos são créditos que uma empresa tem a receber, como: duplicatas, aluguéis, consignado, financiamento de veículos, entre outros. Para ser um FIDC é necessário que o fundo invista, no mínimo 50% nesse tipo de título de crédito. Esses fundos buscam superar o CDI, o que em tempos de Selic baixa, pode representar uma boa opção. de rentabilizar os investimentos.

Costumam ter taxa de administração mais alta do que fundos de renda fixa DI, pois exigem muito mais esforço da equipe de gestão. Mas isso não é um entrave, visto que a rentabilidade do fundo, já traz todos os custos descontados no seu valor, que deve ser divulgado diariamente.

Como qualquer investimento, é importante avaliar se o retorno com relação ao risco corrido vale a pena. Um bom atributo é que esse tipo de fundo pode dar bons frutos apresentando pouca volatilidade. já que muitos deles são de renda fixa de curto prazo. Nesse caso, a volatilidade pode acontecer se muitos credores não pagarem, ou seja, se derem um calote. Logo, seu risco é o risco de crédito e ele pode ser bem alto! É que geralmente esses “pacotes de crédito” que compõem os FIDCs são de empresas de médio e pequeno porte, mais expostas à inadimplência. E também os pagantes dos créditos, podem ser pessoas ou empresas com capacidade de pagamento limitadas.

Um bom exemplo desses pacotes que vão compor esses fundos, vem das securitizadoras. Elas emprestam dinheiro para empresas operacionais (lojas, indústrias…), descontando as duplicatas (e cobrando juros por estas antecipações) que estas elas têm de seus clientes (que compraram a prazo). Nesse caso, empresta-se para vários cedentes (empresas) e cada cedente tem vários sacados (clientes). São os multicedentes e os multisacados.

Vejam o quanto é importante que as securitizadoras e outros agentes sejam competentes em analisar a qualidade das empresas a quem fornecem crédito. Por isso, antes de investir, é necessária uma análise criteriosa da estrutura, dos fornecedores e da qualidade da gestão do fundo. Quanto mais pulverizados os recebíveis (os créditos que compõem o fundo), menores os riscos e a volatilidade.

Além de serem regulamentados pela CVM, os FIDCs são avaliados por notas originadas pelas agências de classificação de risco de crédito, o que representa um excelente indicador para o investidor. Por último, a tributação do FIDC não sofre com o “come cotas” e o investidor só paga 15% de IR, no resgate.

Acredito que o ponto forte desse tipo de produto é que, ao investir, estamos fornecendo crédito para economia real e obtendo retorno com isso. Para o devedor, é uma forma de obter crédito com rapidez, o que pode representar muito para sua operação. Para o investidor, uma boa opção de diversificação.

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