Giro Financeiro – DC: de olho na sua previdência

  • 21/05/2018
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Com as altas taxas de juros que tivemos por muitos e muitos anos, o brasileiro, quando fala em investimentos, logo pensa em renda fixa. Com os fundos de previdência, não é diferente, mas com as sucessivas quedas da taxa Selic (que o Copom manteve em 6,5% ao ano na reunião da semana passada) os gestores dos fundos de pensão não tiveram outra opção a não ser migrarem seus investimentos para fundos multimercados e de ações. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), no primeiro trimestre deste ano os fundos de pensão investiram em fundos multimercados e ações R$6,1 bilhões, contra os R$570 milhões em renda fixa!

Se compararmos com os últimos anos, fica claro essa mudança: em 2014, quando os títulos públicos pagavam 6,5% ao ano acima da inflação, tínhamos 93% dos ativos dos fundos de previdência em renda fixa, o que fazia todo sentido (investiam em ativos seguros e com a garantia de uma ótima rentabilidade). Neste ano, 92% das carteiras estão alocadas em fundos multimercados e ações. Esse ajuste de estratégia visa perseguir uma maior rentabilidade dos fundos e aponta para uma tendência geral do mercado.

Mas quando falamos em planos de previdência das pessoas físicas, geralmente quem tem de cuidar de manter boa a rentabilidade das aplicações são os próprios investidores. Então, se você tem um plano de previdência privado, é muito importante que você analise com muito critério a rentabilidade atingida nos últimos anos do seu fundo de previdência. E também verificar se há a cobrança das taxas de carregamento e quais são esses valores (que podem comer toda a rentabilidade possível), pois, por incrível que pareça, existem fundos de previdência com taxas de administração que ultrapassam 3% e ainda cobram taxa de carregamento de até 5%. As taxas de carregamento só existem nas previdências privadas. Em outros tipos de investimentos, elas não incidem.

Um estudo da Prevue divulgado recentemente mostrou que 13% cobram taxa de carregamento de entrada e de saída, 81% dos fundos cobram taxas nos resgates ou na transferência para outro fundo (portabilidade) e 32% cobram a taxa só na entrada. Isso pode ser evitado. Existem seguradoras que não cobram taxas de carregamento. Quanto à rentabilidade, se seu fundo estiver historicamente abaixo do CDI pode ser um sinal que seu produto não é bom, muito provavelmente por causa da alta taxa de administração cobrada.

Faça uma pesquisa e levante esses dados. Geralmente estão disponíveis nos extratos enviados do seu plano de previdência. Caso você não encontre, insista em conhecer as regras do jogo. Com essa análise, você estará mais preparado para conversar com seu gerente. Peça auxílio dele para eventualmente trocar para um plano com taxas melhores e também verificar a conveniência de portar para um fundo mais adequado ao cenário econômico atual. Para se obter melhores rentabilidades, pode ser o momento de investir em fundos multimercados ou que tenham ações em sua composição. O mais importante é você ficar de olho na sua previdência e garantir mais renda para o seu futuro.

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