O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o governo anunciará na próxima semana uma medida que significa um refresco no orçamento de milhões de brasileiros. Trata-se da liberação do saque de parte do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo fontes da equipe econômica, há duas propostas e a decisão ficará com o presidente Jair Bolsonaro. A primeira libera saques tanto para contas ativas quanto para inativas. A flexibilização será escalonada de acordo com o montante guardado. Quem tem menos vai poder sacar um percentual maior. A segunda proposta é flexibilizar os saques para as contas inativas, e apenas uma vez (a exemplo do que ocorreu no governo de Michel Temer).
O certo é que a medida garante aos trabalhadores colocar a mão em um dinheiro que já é dele, mas cujo acesso se torna possível somente em ocasiões muito restritas, como na aposentadoria, na demissão sem justa causa e para a compra do imóvel. A unanimidade entre os especialistas em finanças é que o recurso deve ser sacado assim que possível: todo o valor que o governo tornar possível retirar. Isso porque, no Fundo, o dinheiro rende hoje 3% ao ano, menos do que a caderneta de poupança (4,55%).
Agora, o que fazer depois merece muita atenção. A intenção do governo é aquecer a economia, incentivando o consumo dos brasileiros com a grana extra no bolso. Mas essa é, justamente, a última opção sugerida por quem entende de planejamento financeiro e de investimentos.
— A última coisa que as pessoas devem pensar em fazer com esse dinheiro é gastar em uma compra qualquer, como um celular novo, por exemplo. Se possível, o ideal é guardar esse dinheiro — avisa o gestor de investimentos da Par Mais Alexandre Amorim.
De acordo com o perfil atual das finanças do trabalhador, se pode indicar prioridades de uso do recurso do FGTS. Na situação mais grave, a de dívidas atrasadas, o dinheiro deve ir todo para quitar as pendências. Se as contas estão em dia, mas há prestações a perder de vista, pode ser uma chance de quitar parcelas, mas aí é preciso avaliar o caso.
— Não faz sentido quitar prestações fixas, só se houver algum desconto. Então, antes de pensar nisso, vá ao banco ou financeira para negociar — sugere Amorim.
Na situação mais positiva, a de contas em dia e orçamento sob controle, o trabalhador tem mais poder de decisão sem a corda no pescoço do endividamento. Mas, ainda assim, gastar em uma compra sem real necessidade merece cuidado.
— Pode ser a oportunidade para criar a chamada reserva de emergência, um dinheiro para ser usado em caso de imprevistos, desemprego. E para isso, até colocar na poupança é uma alternativa. O ideal é se ter uma reserva equivalente a seis meses de orçamento — aconselha o investidor.
A intenção do governo, com a liberação dos recursos, é aquecer a economia. Ou seja, incentivar o consumo.
Mas planejadores financeiros recomendam muita calma nessa hora. Com as contas em dia, sem dívidas, é hora de um passo à frente na vida financeira: montar a sua reserva de emergência.
Use o valor para uma reserva financeira para ser usada em situações inesperadas: a geladeira que para de funcionar, o carro que sofre uma batida, ou mesmo a perda do emprego de forma inesperada.
O número mágico dessa reserva a ser buscada é 6: um valor equivalente a seis vezes o orçamento familiar mensal. O valor do FGTS, claro, pode não chegar a isso, mas pode ser o primeiro passo para construir esse colchão protetor das finanças.
Caderneta de poupança: não exige valor mínimo nem cobra taxas de administração e Imposto de Renda – ou seja, é uma opção baratíssima ao pequeno investidor –, mas o rendimento costuma ser menor do que outras aplicações. A caderneta está rendendo cerca de 4,55% ao ano, enquanto, no Fundo, o rendimento é de 3%. Só nessa troca já se tem um ganho.
Títulos do Tesouro Direto: tem rendimentos superiores aos da caderneta de poupança. O mais acessível para uma necessidade de última hora é o Tesouro Selic (que oferece o mesmo rendimento da taxa básica de juros, 6,5% ao ano). O lado negativo é que o aporte inicial não é tão prático, pois requer que se procure um banco ou corretora para criar o cadastro. É tributado, e o percentual depende do prazo do investimento.
CDBs: são aplicações relativamente fáceis de realizar, pelo site do banco ou na agência. Se a remuneração for menor do que 90% da taxa DI, a tendência é de que renda menos que a poupança. É tributado, e o percentual depende do prazo do investimento.
Fundos de Renda Fixa: em geral, exigem uma aplicação inicial um pouco mais alta, mas alguns fundos recebem aportes adicionais de qualquer valor, ideal para fazer depósitos adicionais mais suaves. É preciso estar atento à taxa de administração, que incide diretamente sobre a totalidade do valor.
Fonte: Alexandre Amorim, gestor de investimentos da Par Mais
Confira a matéria na íntegra: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/dicas-de-economia/noticia/2019/07/saiba-avaliar-se-vale-a-pena-sacar-o-fgts-e-como-aproveitar-melhor-o-dinheiro-cjy9a2m5x031o01ms23z981sd.html
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