Extra – Carro zero, seminovo ou usado: saiba qual compra é mais vantajosa para o bolso

  • 30/01/2020
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Ao escolher um carro para comprar, qual opção é mais vantajosa para o bolso: zero, seminovo ou usado? Quando a intenção é adquirir um automóvel sem deixar a economia de lado, a dúvida sobre o custo benefício de cada modelo logo aparece. Embora cada categoria tenha seus prós e contras, os seminovos são a melhor alternativa para quem quer fazer uma boa compra e poupar algum dinheiro ao mesmo tempo, garante o planejador financeiro Jailon Giacomelli, da Par Mais.

— Financeiramente, a aquisição de um veículo que tenha dois ou três anos de uso é a mais vantajosa. O carro zero, normalmente, é pior opção. Embora se tenha a garantia de que ele não tem qualquer problema, ele desvaloriza de 10% a 15% assim que sai da concessionária — diz Giacomelli.

A depreciação acontece por conta da oferta e da demanda. Em geral, não há muitos interessados na compra de carros recém-saídos das lojas, o que faz o preço deles cair no mercado, principalmente no primeiro ano de uso. Entre um modelo pouquíssimo usado e outro novo em folha, a maioria das pessoas prefere o segundo, até porque é mais fácil pagar, devido às condições de financiamento oferecidas pelas concessionárias. Ou seja, para quem adquire um automóvel zero quilômetro, vender em seguida é perda de dinheiro na certa.

Essa queda de valor favorece os compradores. Na Tabela Fipe, é possível consultar os preços médios dos carros à venda. Para se ter uma ideia da desvalorização, o modelo Onix Hatch Advantage 1.4 8V Flex, com cinco portas e automático, custa R$ 53.650 quando é zero. A versão 2019 é vendida a R$ 49.700. No entanto, segundo Giacomelli, na prática, o que se paga é um preço 5% menor do que o da tabela, R$ 47.300. Já o modelo 2018 custa R$ 46.800, mas pode-se considerar o preço real de R$ 44.500. Fazendo as contas, a diferença é de 12% entre o modelo novo e a versão 2019, e de 6% entre a versão 2019 e 2018.

— Após o primeiro ano de uso, a desvalorização continua, mas há uma certa estabilidade — afirma o planejador financeiro.

A única vez em que o engenheiro mecânico Jorge Dias, de 56 anos, comprou um carro zero resultou em arrependimento para ele, justamente pela depreciação.

— A maioria dos carros que tive foram seminovos, mas houve usados também. No ato da compra, é bom ver se está próximo da época de revisão. Como ela tem um custo, caso o vendedor ainda não a tenha feito, dá para pedir desconto. É mais um motivo para negociar o preço e pechinchar — ensina o “caçador de ofertas” do “Qual oferta”, plataforma dos jornais EXTRA, O Globo e Expresso que reúne, no impresso e no digital, as melhores promoções de supermercados, drogarias e lojas de departamento de Rio e Grande Rio.

A compra de seminovos requer cautela, pois é preciso se certificar que o carro está em boas condições. Fazer uma avaliação com um mecânico de confiança é essencial para que o barato não saia caro. Também vale a pena checar se o vendedor fez revisões do veículo na concessionária, requisito obrigatório para que a garantia continue válida pelo prazo dado na compra.

— Se a pessoa tem R$ 50 mil, por exemplo, e quer comprar um automóvel zero, talvez tenha que optar por algum sem ar-condicionado e com motor menos potente. Provavelmente, o conforto e a segurança não serão iguais ao de um do mesmo modelo, mas seminovo. Com esse valor, ela consegue adquirir um mais equipado, que não seja novo — completa Giacomelli.

Usados exigem cuidado redobrado

Os carros usados, que já rodaram por mais de três anos, são os mais baratos. Porém, têm risco muito maior de apresentar problemas. De acordo com o planejador financeiro, a compra só deve ser feita se a pessoa estiver bastante segura de que o veículo foi bem cuidado durante seu tempo de uso. Isso implica confiar na procedência do automóvel e no mecânico que avaliá-lo.

— Se não for necessário fazer nenhum grande reparo, a compra do usado é uma excelente opção, por causa do preço. Mas é mais difícil acertar no negócio. Muitas vezes, a garantia já acabou, então é algo mais arriscado — destaca.

Quando o orçamento está apertado, entre um usado ou um zero financiado, Giacomelli defende que o melhor para quem quer economizar é garimpar bem e escolher um modelo usado, para fugir de juros e endividamento.

— Antes de pensar na compra, é importante que a pessoa veja se realmente precisa do carro. Hoje, há os aplicativos de transporte e uma boa onda de aluguel de veículos, que permitem locomoção com facilidade. A depreciação do veículo, o pagamento de impostos e o fato de ficar com o dinheiro parado naquele bem, em vez de investido em uma aplicação que gere renda, são fatores que devem ser considerados — adverte.

Confira a matéria na íntegra: https://extra.globo.com/noticias/economia/como-economizar/carro-zero-seminovo-ou-usado-saiba-qual-compra-mais-vantajosa-para-bolso-24195158.html

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