Diário de Maringá – Poupar é modo para alcançar objetivos

  • 29/10/2018
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É na hora do aperto financeiro, em geral como consequência de situações imprevistas, que as pessoas sentem a falta de uma reserva financeira, que pode ser acumulada juntando baixas quantias de dinheiro, mas como prática regular, ao longo do tempo.

Essa constatação, em um país que o ato de poupar não faz parte dos hábitos da maioria da população, mesmo entre as pessoas de maior renda, vem a propósito da celebração do Dia Mundial da Poupança, celebrado no dia 31 de outubro.

Apesar da fábula da formiga e da cigarra ou do ditado popular segundo o qual de grão em grão a galinha enche o papo, economizar e juntar dinheiro para acumular uma reserva para socorro em situações emergenciais ou para consumo futuro, em condições financeiras mais vantajosas, não faz parte de nossos costumes financeiros.

Dados dos Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que apenas 35% dos brasileiros costumar poupar habitualmente. Cada um à sua maneira e da forma que pode. Do total dos que poupam, 28% guardam o que sobra da renda e apenas 7% definem o valor a ser poupado.

Sobra

Esses 28% que guardam apenas o dinheiro que sobra fazem parte de um grupo em que a falta de sincronia ou coordenação entre o dinheiro que entra todos mês e o que é consumido pelas despesas, regulares e extraordinárias, leva a uma situação de risco para as finanças.

“Essa atitude do ‘se sobrar’ não adianta, porque dificilmente acontece. A maioria das pessoas sempre posterga para o mês seguinte”, alerta a planejadora financeira Annalisa Blando Dal Zotto, sócia da Par Mais.”Eu prefiro a estratégia do ‘pague-se antes’. Quando você separa, por exemplo, 10% do seu dinheiro logo depois que recebe o salário, pode ser difícil no início, mas aos poucos você aprende a viver com os 90% restantes”.

Annalisa diz que a falta do hábito de poupar do brasileiro reflete uma série de fatores culturais. Ela lembra, por exemplo, que muitos temem novo confisco, como no Plano Collor, em 1990, temor que ainda se repete a cada eleição presidencial, ou conservam o costume do período de hiperinflação em que se gastava todo o dinheiro em compra de produtos para antecipar-se ao aumento de preços.

Não apenas para o momento de despesas imprevistas ou para a época de vacas magras, a poupança pode ser direcionada também para outros objetivos de vida, de consumo e de sonhos, afirma Annalisa. “Ter um objetivo é importante, é só traçar uma meta e começar a juntar dinheiro para chegar lá.”

A ideia é começar economizando qualquer quantia, por menor que seja, e ir aumentando o valor aos poucos. “É preciso sair da inércia, deixar de lado a indiferença com a poupança e dar o primeiro passo, começar a poupança, persistir nessa linha e ter um objetivo.”

Para ela, “é fundamental criar um objetivo para guardar dinheiro. Sem foco, fica mais difícil conseguir poupar.” O brasileiro, de acordo com ela, ainda é muito imediatista e não se preocupa em acumular patrimônio para o futuro.

 

Confira a matéria na íntegra: https://maringa.odiario.com/economia/2018/10/poupar-e-modo-para-alcancar-objetivos/2526437/

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