Correio Braziliense – Com corte da Selic e otimismo por reformas, Ibovespa fecha em alta de 2,16%

  • 18/06/2020
Página inicial - Na Mídia - Correio Braziliense – Com corte da Selic e otimismo por reformas, Ibovespa fecha em alta de 2,16%

O índice Ibovespa, principal da bolsa de valores brasileira (B3), disparou 2,16% nesta quarta-feira (17/6), aos 95.547 pontos. Já o dólar fechou o dia vendido a R$ 5,26, com alta de 0,54%. A alta foi impulsionada pela promessa do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que a agenda de reformas deve ser retomada nos próximos meses e também pela expectativa pelo corte da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

A expectativa de corte de 0,75 ponto percentual se confirmou e levou os juros ao menor patamar da história: 2,25%. Para se ter uma ideia, durante os primeiros anos de 2016 – no auge da crise política e econômica que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, a taxa chegou a 14,25%. Desta forma, investimentos de renda fixa com rendimento atrelado à Selic possuíam um alto retorno quando comparados à caderneta de poupança, por exemplo.

Naquele ano, a B3 tinha 564 mil investidores pessoa física na bolsa. Hoje, esse número é quase cinco vezes maior. Além de poder aumentar a quantidade de novos investidores na bolsa, o corte pode impulsionar o consumo das famílias, que têm a possibilidade de tomar empréstimos a juros mais baixos. Isso levou otimismo aos investidores domésticos.

No cenário internacional, apesar das tensões geopolíticas na Ásia, as bolsas iniciaram o dia bem. Isso porque há expectativas com a recuperação econômica, principalmente após dados positivos do varejo nos Estados Unidos que superaram as expectativas. Além disso, os investidores observam os estímulos econômicos dos Bancos Centrais.

O dia teve também a divulgação de números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revelaram que o setor de serviços no Brasil recuou 11,7% em abril, primeiro mês de quarentena completa. Para Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, apesar da queda recorde, os resultados não afetaram o desempenho da bolsa, que, descolada da instabilidade nas bolsas internacionais, subiu hoje.

“Durante o dia a expectativa pela reunião do Copom influenciou bastante, principalmente no período da tarde. O cenário é de muita instabilidade nas bolsas internacionais. Porém, o investidor doméstico se descolou da área internacional na questão geopolítica e focou no corte da Selic. No cenário doméstico, o resultado de serviços veio com a queda dentro do consenso de mercado. Foi uma queda histórica, mas nada além do que já era esperado por causa das medidas de isolamento social”, explicou

Para Alexandre Amorim, gestor de investimentos da Par Mais, o discurso de Guedes sobre as reformas levou ânimo ao mercado. “A maioria dos índices internacionais não teve alta ou oscilações expressivas, exceto a Argentina que caiu bastante. A alta do Brasil foi consistente e foi puxada por consumos, construtoras e energia elétrica. De importante, tivemos a fala do Paulo Guedes em uma live em que afirmou que o governo vai apressar o encaminhamento de algumas reformas, o que animou o mercado, apesar de ser algo já falado”, explicou.

Confira a matéria na íntegra: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/06/17/internas_economia,864671/com-corte-da-selic-e-otimismo-por-reformas-ibovespa-fecha-em-alta-de.shtml

Nossos artigos