Como fazer um planejamento de aposentadoria

  • 13/09/2019
Página inicial - uso consciente - Como fazer um planejamento de aposentadoria
Como fazer um planejamento de aposentadoria

Você já parou para pensar em como será sua vida depois que se aposentar? Embora seja um sonho muito comum, a aposentadoria também é um momento muito temido. Muita gente relaciona essa fase ao fim de uma vida economicamente ativa e ao temor de consequentes dificuldades financeiras que, por vezes, não permitem usufruir do que foi semeado por anos.

A queda na renda mensal pode preocupar especialmente quem é segurado pelo INSS e está acostumado a ter uma quantia acima do teto (valor máximo que se pode receber ao se aposentar), que atualmente é de R$5.839,45.

Com a reforma da Previdência, na qual as regras para se aposentar devem sofrer grandes mudanças, a preocupação aumenta ainda mais. Por isso, é prioritário pensar em alguma forma de poupança e investimento por conta própria.

Identifique rendas e despesas

A regra básica de um planejamento financeiro é a identificação de todas as suas rendas e despesas. Lembre-se de que tudo deve ser listado para que os valores fiquem o mais próximo possível da realidade.

Alguns exemplos de rendas e despesas:

Rendas

  • Rendas que acontecem todo mês: estime o valor mensal: salário líquido, pensões, aposentadoria, aluguéis, etc.
  • Rendas que entram de vez em quando: estime o valor anual e divida por 12 para saber a média mensal: 13º salário (no caso celetistas), adicional de férias, comissões, rendas como freelancer, restituição de IR etc.

Despesas

  • Rotineiras: aquelas de dia a dia: aluguel, condomínio, água, luz, telefone, escola, transporte, alimentação, salários de empregados domésticos, farmácia, academia, TV a cabo, plano de saúde, seguros.
  • Eventuais: aquelas que acontecem uma ou poucas vezes no ano e têm valor mais significativo no seu orçamento: viagens, troca de carro, reformas na casa, festa de casamento, compra de objetos caros (uma joia, um notebook ou um celular, por exemplo) etc.

Faça um controle financeiro

Depois de ter consciência de quanto ganha e quanto gasta todo mês, é hora de partir para o controle financeiro.

É nessa fase onde você avalia onde estão suas maiores despesas e cria estratégias para tentar reduzi-las.

Para isso, pelo menos uma vez ao mês, é preciso lançar seus extratos de conta corrente e cartões de crédito em uma planilha ou aplicativo, categorizar as despesas de acordo com sua realidade [utilize os mesmos itens que definiu no seu orçamento] e analisar os resultados para ver se você está dentro ou fora do planejado.

Baixe nossa planilha de controle financeiro e controle seus gastos de maneira simples e rápida

Não existe uma regra, mas se preferir você pode fazer o lançamento das despesas todos os dias, ou uma vez por semana, por exemplo. Algumas pessoas gostam mais dessa rotina, pois não acumula muitos lançamentos.

Você precisará anotar todos os gastos em dinheiro (papel moeda), pois esse movimento não fica registrado nos extratos de conta ou cartão.

É nessa etapa também que você identifica suas dívidas, já que não tem como começar um planejamento de aposentadoria se você não se livrar delas.

Caso você esteja no cheque especial ou devendo no rotativo do cartão de crédito, renegocie o quanto antes. Você pode procurar as empresas para as quais deve ou, se for o caso, até participar de feirões de renegociação de dívidas. Seja transparente na sua proposta para renegociar o valor e assuma uma parcela que caiba no seu orçamento.

Defina seus objetivos

Saber quais são os seus objetivos financeiros é fundamental para criar uma estratégia. Por isso, determine metas claras para o futuro e qual valor mensal você deseja para a aposentadoria. Lembre-se que com um objetivo claro em mente, adiar o consumo é menos doloroso e cria um ciclo positivo para as suas finanças pessoais.

Vale lembrar que a contribuição para a Previdência Social é vantajosa tanto para quem ganha até o teto do INSS, como também para quem recebe na ativa um salário além desse valor. Além disso, deixar de contribuir para o INSS para engordar a poupança para a aposentadoria não é uma boa ideia, pois você deixaria de ter acesso a outros benefícios que funcionam como seguros, como auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-maternidade e pensão por morte, por exemplo.

Invista

Sem dívidas e com as contas sob controle, o próximo passo é investir para atingir seus objetivos. São vários os produtos que você pode ter na sua carteira de investimentos pensando na aposentadoria, como fundos de investimentos, ações, planos de previdência (PGBL e VGBL) e fundos de pensão — caso você trabalhe em uma empresa que ofereça essa opção.

Faça a BIO Financeira e veja quais são as estratégias de investimento mais adequadas para você

A escolha dos produtos vai depender 100% do seu objetivo e do seu perfil de risco. Por isso, é muito importante montar um portfólio que respeite o seu perfil e estar ciente de que não ter nenhum risco na carteira significa se contentar com retornos menores.

Para quem tem mais dificuldade em guardar dinheiro, uma das opções está nos modelos de previdência privada VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) ou PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Ambos os programas têm o objetivo de garantir uma renda extra após decidir que chegou o momento de abandonar o trabalho. O PGBL e o VGBL é como se fosse uma carteira de investimentos que será transformada em renda na data da aposentadoria.

A aposta na previdência privada funciona como uma forma de poupança é ideal para quem tem menor capacidade de planejamento. Quando você contrata um plano de previdência, normalmente o débito é mensal ou boleto bancário, o que faz você sempre se lembrar que tem que salvar determinado montante para a aposentadoria.

Vale destacar a necessidade de revisão periódica dos planos para saber se o investimento ainda atende suas necessidades. É importante rever as contas anualmente para projetar a renda que vai se ter no futuro com o montante que está sendo guardado.

Além disso, lembre-se que quanto mais tempo você demora para começar a investir, mais você deverá investir. O poder do tempo é mágico se for combinado com os juros compostos. Muitos vão falar que você deve aproveitar a vida e viver o presente, mas pense na tranquilidade que é possível alcançar com disciplina se começar cedo a poupar e investir.

Estude e pesquise

Hoje em dia, há excelentes fontes de informação, como sites, livros, e e-books sobre finanças e investimentos. Basta pesquisar na internet que encontrará muito material relevante e de qualidade sobre o assunto. No site da Par Mais há muito conteúdo gratuito disponível. Você também pode contar com a ajuda de planejadores financeiros para auxiliá-lo na organização de suas finanças pessoais.

Nossos artigos