Carta do Gestor: outubro/2016

  • 05/10/2016
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Os mercados financeiros estão (estranhamente) calmos ao redor do mundo. Parece que a queda no crescimento chinês já não assusta mais tanto e é consenso de que o tão esperado aumento das taxas de juros americanas se dará de forma gradual, sem prejudicar nem trazer volatilidade aos mercados. Na Europa e no Japão, os bancos centrais dão sinais de que a fase de estímulos econômicos pode estar chegando ao fim.

Pode-se dizer então que a maior preocupação da economia mundial, hoje, gira em torno da eleição americana. Depois de 8 anos de um governo democrata (que coincidiu com o período pós crise de 2008), o povo americano esperava por uma mudança que pudesse resultar em maior crescimento econômico.

Entretanto, os dois principais candidatos possuem forte rejeição. Apesar disso, existe um consenso de que um eventual Clinton seguiria a cartilha atual, sem grandes novidades e, portanto, mantendo a estabilidade atual. Já uma vitória de Trump provavelmente trará volatilidade aos mercados – não necessariamente por ser um mau governo, mas por ser uma caixinha de surpresas.

Os resultados da eleição são imprevisíveis. Apesar das pesquisas e estatísticas projetarem uma vitória de Clinton, tivemos dois fatos recentes em que os resultados foram diferentes dos previstos: Brexit e o plebiscito da Colômbia.

Por aqui, apesar da melhora de humor, o consenso é que o caminho é longo e árduo. Tivemos uma mescla de fatos bons e ruins recentes. Do lado positivo temos o resultado da inflação no mês de setembro, os esforços do governo para arrumar o problema fiscal e a probabilidade da queda dos juros. O resultado das eleições também foi positivo para o mercado, especialmente para mitigar possíveis riscos para a eleição de 2018.

Do lado negativo, ainda temos muitos reflexos da recessão aparecendo. A atividade industrial ainda não mostra sinais de melhor, da mesma forma que comercio, que vem mostrando resultados piores que o esperado. Ainda faltam reformas concretas e, claro, todos os desdobramentos da operação lava-jato.

Apesar disso, é fato que vivemos tempos melhores. Mesmo com toda polêmica e rejeição do governo atual (que diminuiu esse mês), a equipe econômica tem conseguido bons resultados. Há que se ressaltar que o diálogo voltou a ser visto com muito mais frequência entre todos os interlocutores do poder – especialmente executivo, legislativo, equipe econômica e empresários – o que é muito positivo.

Alexandre Amorim, CGA, CFP®.


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