Carta do gestor: novembro/2018

  • 07/12/2018
Página inicial - Carta do Gestor - Carta do gestor: novembro/2018

O ano de 2018 foi intenso! Como já dissemos em cartas anteriores, a eleição desse ano tinha uma importância fora do comum. Em 2014 havia uma tragédia anunciada na economia e o que se seguiu foi a pior recessão já vista na história do Brasil. Tivemos o impeachment e uma reviravolta na forma de conduzir a economia, mas tínhamos um governo frágil que gastou todas as suas fichas para salvar a própria, jogando o jogo da velha política – o que custa muito caro à produtividade do país.

A solução para quem gasta mais do que pode, seja uma família, empresa ou país, é colocar ordem na casa. Isso significa cortar despesas e aumentar receitas. Para cortar despesas é necessário colocar em pauta uma forte agenda de reformas. Para aumentar as receitas é necessário aumentar a produtividade e estimular o crescimento.

A reforma da previdência é o assunto mais falado, tido como uma “necessidade básica” para sustentabilidade das contas fiscais. Mas os entraves ao crescimento do país são vários – temos um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, um custo da folha de pagamento, baixo nível de abertura comercial, sistema judicial moroso e caro, estatais ineficientes e mais uma lista infindável de coisas.

Mas, mesmo com tudo isso, com toda a corrupção e depois de uma recessão tão grande, ainda estamos de pé!

O Brasil é um país com um potencial imenso. Há muita coisa para ser feita aqui e muitas oportunidades de investimento. E o mundo não só sabe disso, como também está de olho.

Ok, apesar de estarmos terminando o ano com uma alta significativa na bolsa de valores e em boa parte dos indicadores financeiros, 2018 (até agora) vem sendo marcado por uma forte saída de recursos estrangeiros do país. Mas isso não quer dizer que o Brasil não tenha importância ou que não esteja no radar dos grandes investidores. O ano de 2018 foi marcado pelo início do arrefecimento do crescimento mundial e também da retirada do estímulo monetário (leia-se dinheiro circulando) nas maiores economias.

O novo governo precisa se provar, mas, ouso dizer que estamos no caminho certo – ao menos no que diz respeito à condução da economia. A montagem da equipe econômica mostra que o novo governo está realmente preocupado com o problema fiscal, com o aumento da produtividade brasileira e com a retomada da economia.

Ouso também dizer que nunca vi um caráter tão técnico na montagem da equipe ou, em outras palavras, nunca vi uma equipe sendo montada sem a preocupação de loteamento e distribuição de cargos entre aliados políticos.

Claro, os problemas são muitos e muito grandes, e a fórmula para resolvê-los não é nada simples. Também, provavelmente, a surpresa positiva vem da baixa expectativa que se tinha. O fato é que, mesmo que o mundo cresça menos, mesmo com os problemas que começam a surgir nas grandes economias, temos sim a possibilidade de ter bons anos de crescimento no Brasil.

Portanto, desejamos de fato um ótimo ano novo, realmente novo, para nós brasileiros!

Alexandre Amorim, CGA, CFP®


Receba uma atualização mensal da atual situação econômica do Brasil!

[contact-form-7 id=”11711″ title=”Atualização Carta do Gestor”]

Nossos artigos