Idosos endividados no país dos juros: como escapar dessa estatística?

  • 24/11/2016
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Idosos endividados

É de cortar o coração perceber que cada vez mais os idosos estão engordando as estatísticas de endividamento no Brasil. Um levantamento realizado pela Serasa Consumidor, mostra que o número de idosos acima de 60 anos inadimplentes, cresceu de 7,3 milhões em março de 2015 para 8,2 milhões em abril de 2016. Os dados revelam que a cada 3 idosos, 1 está endividado.

Por isso, neste artigo separamos 5 dicas para você escapar dessa estatística.

Idosos endividados no país dos juros

Os números são alarmantes, principalmente porque o Brasil é o país dos juros altos. Os idosos estão cada vez mais afundando-se em dívidas, em grande parte para ajudar filhos e parentes, e acabam pagando um preço alto por isso, ou pior ainda, acabam não conseguindo arcar com todas as suas despesas, que normalmente são altas, principalmente com medicamentos, plano de saúde e alimentos.

Alguns especialistas acreditam que muitos idosos não alcançam uma aposentadoria tranquila pela falta de planejamento. Mas em alguns casos, quando há o planejamento ele acaba arruinado pela família, geralmente por filhos adultos ou parentes dependentes.

Com o crescente desemprego, um agravante para esses números são os empréstimos consignados. Como esse tipo de crédito é amplamente oferecido com fácil acesso aos aposentados, muitos acabam recorrendo a eles para socorrer os familiares e as contas da casa. Ainda que utilize taxas menores, se comparadas a outros empréstimos, o crédito consignado acaba corroendo boa parte da renda do idoso.

Além dos empréstimos consignados há os altos juros do cheque especial e do cartão de crédito que agravam ainda mais a situação dos idosos que precisam recorrer a esses créditos e acabam entrando na famosa bola de neve de dívidas.

5 dicas para fugir das dívidas na aposentadoria

Para você não cair na estatística de idosos endividados, elencamos algumas dicas. Veja como algumas mudanças de hábitos podem transformar sua vida e aposentadoria:

1) Nunca é tarde para começar

Tenha em mente que nunca é cedo ou tarde demais para começar a planejar a sua aposentadoria. O mais importante é que você tenha um planejamento financeiro. Procure economizar e traçar objetivos a curto, médio e longo prazo. Eles te ajudarão a não perder o foco para enfrentar uma aposentadoria mais confortável.

2) Tenha os gastos na ponta do lápis

Procure relacionar todas as suas despesas atuais, e ainda, as despesas que você terá na aposentadoria. Além dos custos fixos com moradia, alimentação, água, luz, gás, despesas médicas e impostos, tente incluir na renda da aposentadoria gastos com lazer e atividades que promovam sua qualidade de vida. Isso fará toda a diferença no futuro e lhe ajudará a fazer o seu planejamento financeiro de acordo com a sua realidade e necessidades.

3) Não deixe de pagar o INSS

Mesmo quando estiver desempregado ou trabalhando como autônomo não deixe de fazer os seus depósitos no INSS. Quando você deixa “buracos” nas contribuições eles acarretam em mais tempo até a aposentadoria. Além disso, no período em que você não estiver contribuindo, você perderá os benefícios de segurado do INSS, como:

  • Cobertura por motivos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
  • Proteção à maternidade, especialmente à gestante;
  • Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
  • Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
  • Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.

4) Não faça empréstimos para terceiros

Grande parte dos idosos estão endividados por esse motivo. Como os aposentados têm acesso a crédito mais fácil, eles acabam recorrendo a empréstimos, muitas vezes para socorrer parentes e amigos. O problema é que em muitos casos os terceiros acabam não pagando a dívida, deixando o idoso “pagando o pato”. Por isso, evite ao máximo todo e qualquer tipo de empréstimo, principalmente se for para ajudar outras pessoas.

5) Tenha uma reserva de segurança

A reserva de segurança é uma reserva financeira que você deve ter para manter seus compromissos mensais e de sua família em caso de imprevistos ou mudanças de vida. Para calcular quanto você deve ter, é preciso saber quais são os seus gastos mensais e por quanto tempo essa reserva deve cobri-las. Esse cálculo varia de acordo com a sua profissão e estabilidade financeira.

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Considerações

A melhor forma para alcançar uma aposentadoria tranquila é, e sempre vai ser, um planejamento financeiro bem feito, alinhado ao seu momento de vida e perfil. Além disso, quando a aposentadoria chegar aprenda a dizer não sem culpa aos parentes e amigos que pedem ajuda. Saiba que você não tem obrigação de fazer empréstimos para ninguém e que você é merecedor do que construiu ao longo da vida.

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